Na manhã desta quinta-feira (24), a Polícia Civil do Distrito Federal realizou operações de busca e apreensão em endereços associados a Jair Renan Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro. As diligências ocorreram em Balneário Camboriú, Santa Catarina, onde Jair Renan reside, e em um edifício em Brasília.
A operação, denominada Nexum, visa reprimir crimes contra a fé pública, associação criminosa e delitos que prejudicam o erário do Distrito Federal. Segundo a Polícia Civil, as investigações indicam a existência de uma associação criminosa que utilizava “testas de ferro” ou “laranjas” para ocultar os verdadeiros proprietários de empresas fantasmas, com o intuito de obter vantagens econômicas indevidas.
Além de Jair Renan, Maciel Carvalho, influenciador digital e amigo do filho do ex-presidente, também é alvo da operação. Carvalho, que já foi alvo de outras duas operações da Polícia Civil do DF neste ano, é suspeito de participação em um esquema de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Uma terceira pessoa, não identificada, também foi alvo de mandado de prisão, mas permanece foragida e é procurada por um crime de homicídio em Planaltina, Distrito Federal.
As investigações revelaram um esquema de fraudes com o objetivo de proteger o patrimônio dos envolvidos. Maciel Carvalho foi preso em janeiro deste ano em outra operação, mas foi solto um dia depois para responder ao processo em liberdade.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Jair Renan Bolsonaro, comentou a operação deflagrada pela PCDF: “Investigadores procurando pelo em ovo, ou seja, mesmo sem ter nada. Independentemente do sobrenome. Tomara que isso vire praxe agora. Ao que parece, é mais perseguição desenfreada em cima de Bolsonaro e de todo o seu entorno.”