Uma Força Tarefa constituída pela Polícia Civil, Ministério Público e a Associação de Combate à Pirataria Digital – La Alianza, deflagrou nesta manhã, a operação denominada “A Firma”, com o objetivo de combater e fazer cessar as atividades ilegais de uma das maiores organizações criminosas que opera no Brasil, voltada ao fornecimento de conteúdo áudio visual ilícito, conhecida popularmente por gatonet.
A Polícia Civil, por meio da DEIC/DEINTER 10, o Ministério Público por meio do CYBERGAECO e a Associação Internacional de Combate à Pirataria Digital – La Alianza criaram uma Força Tarefa e investigavam nos últimos oito meses, uma das maiores organizações criminosas de fornecimento ilegal de conteúdo áudio visual.
A organização criminosa, com sede em Penápolis, era responsável por manter em funcionamento uma sofisticada rede de fornecimento ilegal de conteúdo áudio visual, com ramificações em alguns estados brasileiros e dezenas de milhares de pontos de acesso ilegal no Brasil inteiro.
O chefe da organização criminosa havia sido preso em novembro de 2020 e respondia solto por manter uma gigantesca central de distribuição de conteúdo áudio visual com violação de direitos autorais. O processo criminal em andamento não impediu a organização criminosa de continuar o seu intento criminoso e o branqueamento desses valores obtidos ilegalmente.
Por conta disso, a Força Tarefa cumpriu 32 mandados de busca e apreensão, em nove cidades, de cinco Estados diferentes (São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Bahia) na manhã desta terça-feira.
Por conta dos indícios de lavagem de dinheiro, a 2ª Vara Criminal de Penápolis ainda determinou o bloqueio e indisponibilidade de todos os ativos financeiros, incluindo criptoativos de oito pessoas físicas e cinco empresas constituídas para a lavagem de dinheiro.
Houve ainda a determinação de bloqueio de dezenas de domínios e IPs utilizados para a manutenção da rede ilegal de streaming.
Participaram da operação na região de Araçatuba um total de 53 policiais civis, sete policiais técnico-científicos e dois peritos/técnicos da Associação La Alianza. Ainda participaram da operação duas equipes do DEIC de São Paulo, quatro equipes da Polícia Civil do Rio de Janeiro, quatro da Polícia Civil de Santa Catarina, duas da Polícia Civil do Rio Grande do Sul e uma equipe da Polícia Civil da Bahia, servindo do apoio de mais quatro peritos/técnicos da Associação La Alianza.