A Polícia Federal (PF) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) estão em campo nesta sexta-feira (18) para cumprir sete mandados de prisão preventiva determinados pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A operação, batizada de Incúria, visa coletar novas evidências sobre a conduta de autoridades policiais do Distrito Federal durante os eventos de 8 de janeiro.
Além das prisões, outras medidas incluem buscas e apreensões, bloqueio de bens e suspensão de funções públicas. Os pedidos foram articulados por Carlos Frederico Santos, coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos.
A denúncia apresentada pelo subprocurador-geral da República detalha evidências já coletadas na investigação, que indicam a omissão dos envolvidos. Entre as provas, destaca-se a “contaminação ideológica” de oficiais da Polícia Militar do DF, que aderiram a teorias conspiratórias e golpistas. Há também registros de que, antes de 8 de janeiro de 2023, esses agentes, em posições de comando, receberam informações de inteligência sobre as intenções golpistas do movimento e o risco iminente de invasão às sedes dos Três Poderes.
A PGR afirma que os denunciados tinham conhecimento prévio dos riscos e, intencionalmente, se omitiram em suas funções. Eles serão responsabilizados por crimes como a abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado, entre outros.
Os mandados foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, relator do Inquérito 4.923 no STF, e estão sendo executados em parceria entre a Procuradoria-Geral da República e a Polícia Federal.