O Tribunal do Júri de Araçatuba condenou nesta quarta-feira (17) Fábio Evangelista Rodrigues a penas de 16 anos e quatro meses de prisão por tentativa de homicídio contra duas pessoas em junho de 2019. Uma das vítimas foi um policial militar. No entanto, a pena foi convertida em internação para tratamento psiquiátrico.
Conforme consta do processo, em denúncia feito pelo promotor Adelmo Pinho, em junho de 2019 Rodrigues tentou matar a primeira vítima atacando-a com facadas nas costas. Quando a vítima chegou para almoçar o autor o questionou perguntando sobre sua mulher, dizendo que ela estaria na casa e iria matá-la.
A vítima negou que a mulher estivesse em sua casa e foi entrando, no momento em que acabou sendo atacado pelas costas, com várias facadas. O homem foi socorrido por um familiar, ficou internado por uma semana e conseguiu se recuperar dos ferimentos.
Rodrigues tinha fugido após tentar matar a vítima e policiais militares passaram a realizar diligências na tentativa de localizá-lo. Ele acabou sendo encontrado no mesmo dia em sua casa, estava com duas facas e não queria se entregar. O homem partiu para cima dos PMs e acertou a mão de um deles com uma facada, pegou uma barra de ferro e só foi contido após uso de arma com munição de borracha.
Durante o processo a defesa de Rodrigues alegou a tese de legítima defesa na tentativa de absolver o cliente da acusação em relação a primeira tentativa de homicídio, e no caso da agressão contra o PM, pediu a desclassificação de tentativa de homicídio para lesão corporal, afim de que Rodrigues não fosse levado a júri popular.
No entanto, o júri foi mantido e ele foi condenado a um total de 16 anos e 4 meses de prisão pelos dois crimes. No entanto, os jurados, com base nas alegações da defesa, entenderam que o réu possui distúrbios de comportamento e psíquico, e por esse motivo a pena foi convertida na internação por no mínimo dois anos em uma unidade com custódia, para tratamento.