O tenente-coronel Mauro Cid, que anteriormente atuou como ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, confessará ter negociado joias nos Estados Unidos sob as ordens do ex-presidente. A informação foi confirmada pelo advogado de Cid, Cézar Bittencourt, após ser inicialmente revelada pela revista Veja.
Bittencourt declarou: “Ele confessa que comprou as joias evidentemente a mando do presidente. Comprou e vendeu. Resolva esse negócio e venda”, referindo-se à transação das joias e relógios.
Mauro Cid foi detido em 3 de maio sob a acusação de adulterar seu cartão de vacinação, bem como os de Bolsonaro, sua esposa, Gabriela Cid, e uma de suas filhas.
De acordo com a Polícia Federal, Cid teria inserido informações falsas nos cartões, alegando que todos haviam sido vacinados, facilitando assim sua viagem aos Estados Unidos pouco antes da posse do presidente Lula.
Em 11 de agosto, Cid voltou a ser foco da Polícia Federal, desta vez em relação à venda das joias e presentes. Investigações revelaram que tanto ele quanto seu pai, o general Mauro Cesar Lourena Cid, estavam envolvidos na venda de presentes recebidos por Bolsonaro durante viagens oficiais.
Tais bens são considerados propriedade do Estado, e, conforme o entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU), Bolsonaro não poderia se apropriar desses itens valiosos.