Em sua primeira sessão ordinária pós-recesso de julho, a Câmara de Birigui vota, nesta terça-feira (1º), mais um pedido de instalação de uma Comissão Processante (CP) contra o prefeito Leandro Maffeis (Republicanos). Se aprovada, será a sexta CP enfrentada por ele. Das cinco já instaladas, três livraram o prefeito da cassação. Outras duas ainda estão em andamento.
Desta vez, o pedido vem de um grupo de advogados e envolve um possível áudio do prefeito incitando a instalação de um “gabinete do ódio” para intimidar e atacar opositores.
O termo ficou conhecido na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro e é designado para a criação de milícias digitais com o objetivo de disseminação de fakes news e ataques a adversários em redes sociais.
Para ser instalada, a CP precisa de maioria simples, ou seja, 8 votos, já que a Câmara de Birigui possui 15 vereadores.
Investigações passam por compra de óleo a uso indevido de veículo
As Comissões Processantes instaladas na Câmara de Birigui investigaram diferentes temas. Duas delas tiveram como alvo o pronto-socorro municipal e outra envolveu a falta de AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) nas escolas municipais. Estas três foram arquivadas.
As outras duas, que ainda estão em andamento, estão relacionadas ao possível uso indevido de um veículo Duster, que era utilizado pela Secretaria de Saúde, e a suspeita de compra irregular e desvio de óleos lubrificantes
Passa, mas não cassa
O novo pedido de CP contra o prefeito de Birigui deve ser aprovado pela Câmara Municipal, ou seja, deverá passar pelo crivo do Legislativo. No entanto, o desfecho das investigações é outra história, já que Maffeis já se safou de três Comissões Processantes. Há quem diga que a votação do relatório final envolve negociações, o também chamado fisiologismo político, que beneficia os interesses de poucos em detrimento do bem comum.