O WhatsApp deverá pagar uma indenização de R$ 5 mil a um usuário após não ter banido uma conta que tentava aplicar golpes se passando pelo dono original do perfil no aplicativo. As informações são do UOL.
O que rolou?
- A vítima, João Vitor Rossi, advogado de 26 anos, teve sua conta no WhatsApp falsificada e usada para aplicar golpes;
- Ao alertar o aplicativo sobre a conta fraudulenta, nenhuma ação foi tomada e o perfil permaneceu ativo;
- João Vitor entrou com um processo judicial para bloquear a conta;
- O WhatsApp não cumpriu a ordem judicial de bloqueio, resultando na condenação da empresa a pagar R$ 5 mil de indenização.
Mais detalhes
Os golpistas usaram um roteiro que se tornou cada vez mais comum na aplicação de golpes on-line: se passaram por João Vitor para tentar pedir dinheiro a familiares e amigos. Para isso, coletaram imagens do advogado nas redes sociais e adicionaram os parentes em um perfil falso.
Ao perceber do que se tratava a situação, João Vitor conseguiu avisar seus conhecidos a tempo e impediu um tio, que estava prestes a enviar R$ 1.450 aos criminosos, de cair na fraude.
O WhatsApp, entretanto, ignorou as notificações feitas pelo advogado pelo serviço de atendimento e o perfil golpista continuou ativo.
Quando foi acionado na justiça, o aplicativo disse que não poderia atender ao pedido porque “inexiste falha na prestação dos serviços que oferece por ausência de provas de acesso a dados a partir do aplicativo”. Além disso, afirmou que “os criminosos utilizaram uma outra linha telefônica que é estranha e distinta, sem qualquer relação com sua linha”.
Em janeiro, a Justiça deferiu tutela urgente para bloquear número dos golpistas no app, mas ordem não foi cumprida. Em junho, o grupo empresarial do aplicativo de mensagens foi condenado a pagar R$ 5 mil a João por descumprir a ordem de bloqueio, decisão da qual o WhatsApp já recorreu. A conta continua no ar, mas os criminosos trocaram a foto do perfil.