O jogador Neymar recebeu uma multa de R$ 16 milhões por infrações ambientais cometidas durante a construção de um lago artificial em sua casa no Condomínio AeroRural, localizado em Mangaratiba, na Costa Verde do Rio de Janeiro.
A decisão veio da procuradora-geral do município, Juraciara Souza Mendes da Silva, com base em um relatório de vistoria da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. O relatório identificou várias violações ambientais, incluindo a instalação de atividades e movimentação de terra sem o devido instrumento de controle ambiental, resultando em multas de R$ 10 milhões e R$ 5 milhões, respectivamente. O jogador também foi multado em R$ 10 mil por supressão de vegetação sem autorização e em R$ 1 milhão por descumprimento deliberado de embargo.
A vistoria, realizada em 22 de junho em resposta a uma denúncia anônima, contou com a participação de dois biólogos, um engenheiro florestal, uma engenheira florestal sanitarista, uma engenheira química, uma oceanógrafa e representantes de associações ambientais.
No local, os fiscais encontraram a construção de um lago artificial sem licença, incluindo a movimentação de areia, pedras e a manipulação da água de um rio. A obra, parte de um reality show do grupo Genesis Experience, já havia sido interditada. Apesar do embargo, foram identificadas novas atividades no local, levando a multas adicionais.
A Genesis Experience selecionou 10 participantes, a um custo de R$ 120 mil cada, para aprender técnicas de construção de lagos artificiais e paisagismo sob a supervisão de Ricardo, um profissional da área. A inauguração estava marcada para esta sexta-feira (30/06), mas foi suspensa após a denúncia de crime ambiental e a subsequente interdição.
Neymar tem 20 dias para recorrer da decisão, que segundo a assessoria de imprensa de Mangaratiba, já tem caráter decisivo.