Uma mãe denunciou uma professora da Escola Classe 8, no Guará II, no Distrito Federal, por comportamento agressivo em relação ao seu filho autista de 11 anos. Marina Valente, a mãe da criança, procurou a Polícia Civil e relatou que a educadora tratava os alunos com violência psicológica.
Preocupada com o bem-estar do filho, Marina decidiu tomar medidas para documentar o que acontecia na sala de aula. Ela colocou um tablet com um gravador de voz ligado dentro da mochila da criança, o que resultou em cerca de seis horas de gravação. Durante as gravações, a mãe afirmou que a professora dirigiu-se a um dos alunos, dizendo: “Fala direito, está morto? Mexe a boca para falar.”
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil e também pela corregedoria da Secretaria de Educação. A professora em questão está afastada por licença médica. A mãe do aluno autista disse que procurou a direção da escola para relatar o comportamento da educadora, mas foi informada de que nada poderia ser feito devido ao fato de a professora ser concursada.
Marina relatou que seu filho começou a apresentar alterações comportamentais e crises de ansiedade relacionadas à escola. Além disso, o menino passou a se automutilar como resultado do tratamento recebido na sala de aula.
O delegado Anderson Espíndola, responsável pelo caso, informou que todos os fatos estão sendo apurados pela delegacia, e espera-se encaminhar o caso ao Judiciário o mais breve possível. A denúncia contra a professora coloca em destaque a necessidade de garantir um ambiente seguro e acolhedor para todos os estudantes, especialmente aqueles com necessidades especiais.