Em uma denúncia de discriminação, Melina Sales dos Santos, mãe de uma menina de 10 anos com síndrome de Down, afirmou que sua filha foi impedida de participar de uma atração infantil no Shopping Iguatemi Brasília sem acompanhante, no domingo (16/7). Melina, que também é presidente da Associação DFDown, relata que, enquanto crianças neurotípicas de cinco anos eram permitidas desacompanhadas, sua filha Zilah, que é alfabetizada e tem habilidades comunicativas e motoras bem desenvolvidas, foi barrada.
“Zilah sabe se comunicar bem, faz natação, ginástica artística, balé, toca instrumento musical e tem síndrome de Down. E, por causa disso, uma atração que aceita receber crianças a partir de cinco anos desacompanhadas impede Zilah e outras crianças com deficiência de brincar sem um responsável ao seu lado”, desabafou Melina.
Melina relatou que sua filha estava extremamente animada para participar da atração da Turma da Mônica e que o incidente a deixou devastada. A mãe indignada criticou a atitude discriminatória do espaço e a hostilidade com que foi tratada pela equipe do shopping quando mencionou a legislação de proteção contra a discriminação de pessoas com deficiência.
“O que está em jogo não é o valor da atração, é a atitude discriminatória do espaço que permite que crianças com cinco anos fiquem desacompanhadas, mas uma criança com deficiência intelectual com 10 anos não possa ficar sem alguém a seu lado para ‘controlá-la'”, protestou Melina.
Ela tornou o caso público para evitar que outras famílias enfrentem a mesma situação e afirmou que ela e seu marido vão registrar um boletim de ocorrência sobre o episódio.