Franciele Amanda de Oliveira, 37 anos, a mulher desaparecida que foi assassinada e teve o corpo carbonizado em Araçatuba, havia sido presa em 2017 após atear fogo em um casal no bairro Rosele, em fevereiro de 2017. A reportagem do RP10 apurou que ela havia sido solta no ano passado, após ficar cinco anos detida.
Casal queimado
No dia 20 de fevereiro de 2017 a equipe, integrada pelo cabo Adelman e soldado Leal, foi atender uma ocorrência de uma mulher que teria invadido um imóvel. Ao chegar no local, sem saber o que havia ocorrido, viram a Franciele fugir. Eles correram atrás da mulher e conseguiram detê-la, sem saber que ela havia ateado fogo no casal.
Durante a ocorrência eles ouviram pelo rádio que uma mulher havia ateado fogo em um casal e fugido em seguida.
As características batiam com as de Franciele, que estava detida, momento em que eles descobriram que estavam com a autora do crime, que aconteceu na rua Noel Rosa.
Álcool
A mulher tinha jogado álcool e ateado fogo em um casal. O homem foi socorrido pelo Samu e com 60% do corpo queimado. A mulher teve queimadura em 10% do corpo, e foi socorrida por uma equipe da Polícia Militar.
Ela estava visivelmente alterada dizendo que não era criminosa, e a todo momento procurava por sua mãe.
Na delegacia, declarou que havia passado a noite usando drogas em um imóvel com o casal. Pela manhã, ela começou a ser alvo de chacotas e, irritada, pegou o álcool, jogou sobre os dois e ateou fogo, tentando fugir em seguida.
Encontro do cadáver
O cadáver encontrado carbonizado na noite do dia 7 de julho na travessa Manoel da Nóbrega, nas chácaras TV, era de Franciele Amanda de Oliveira, 37 anos, que estava desaparecida desde o dia 20 de junho. Após investigações a Polícia Civil identificou dois suspeitos que foram presos na noite desta segunda-feira.
O delegado Rodolfo Carlos de Oliveira, da Delegacia de homicídios/Deic, tinha ouvido um dos suspeitos durante a madrugada e ainda iria ouvir o outro na manhã desta terça-feira. Diligências ainda estão em andamento em relação ao caso.
De acordo com o delegado, o primeiro suspeito que já tinha sido ouvido, E.S.G., 34 anos, negou participação no homicídio. No entanto, ele já havia dado detalhes sobre o crime. O homem foi preso no final da noite desta segunda-feira em frente à sua casa, na avenida Marucci, por policiais militares da Força Tática.
Após identificar os dois suspeitos a DH/Deic havia pedido mandado de prisão temporária, que foi concedido pela Justiça contra ambos. Em depoimento, o homem negou participação no homicídio. A Polícia apurou que ele ajudou a transportar o corpo de vítima em uma carriola até o local onde foi queimado.
Conforme depoimento do investigado, o amigo conhecia Franciele e teria dito que ela ameaçou matar e queimar uma ex-namorada dele, e no dia do crime, após uma discussão enquanto usavam drogas, esse amigo matou a vítima a facada, pois estava com medo porque sabia que ela já tinha ateado fogo contra um outro casal.
Depois, com uma carriola, levou o corpo até o terreno onde encontrou um pneu e jogou por cima do corpo, ateando fogo em seguida. Este homem que seria o autor também foi detido e seria ouvido na manha desta terça-feira.
O desaparecimento
Franciele Amanda de Oliveira, de 37 anos, estava desaparecida desde o dia 20 de junho, em Araçatuba (SP). Ela desapareceu na manhã de uma terça-feira, quando estava na casa da mãe no bairro Atlântico 2 e saiu para ir até a casa de um ex-namorado, no bairro Águas Claras, com quem deveria resolver umas pendências bancárias.
Porém, conforme apuração policial, ela não teria chegado a falar com o rapaz naquele dia. Franciele vinha enfrentando problemas com a dependência química. Ela chegou a passar por clínica de recuperação, mas havia deixado o local e teve recaída.