Montadoras estão refazendo suas tabelas de preços após a introdução de incentivos fiscais do governo federal. O Renault Kwid, que sofreu uma redução de R$ 10 mil em seu valor, se tornou o carro novo mais barato do Brasil, sendo anunciado por R$ 58.990. Esta marca inicia uma nova era para os carros populares no país.
A Fiat também retirou os preços de seus carros do site, anunciando que em breve terá oferta com preços reduzidos. A expectativa é que o modelo Mobi, anteriormente vendido por R$ 68.990, seja oferecido por menos de R$ 60 mil após a reavaliação.
A Volkswagen seguiu o mesmo caminho e retirou os preços de seu site. Já a Hyundai fez um corte de R$8.000 no preço do modelo HB20 1.0 Sense, que passou de R$82.290 para R$74.290.
Os descontos nos preços dos automóveis novos devem variar entre R$ 2.000 e R$ 8.000, e são resultado de incentivos fiscais do governo federal, que estabeleceu limites de R$ 500 milhões para carros, R$ 300 milhões para ônibus e R$ 700 milhões para caminhões. Entretanto, esses incentivos serão encerrados quando os créditos atingirem esses montantes.
A tendência é que os veículos com preços menores recebam os maiores abatimentos, tornando o mercado automotivo mais acessível para uma parcela maior da população.
Desconto a carros populares
O governo federal publicou nesta terça-feira (6) a medida provisória que cria faixas de descontos para veículos populares conforme critérios de sustentabilidade econômica, ambiental e nacionalidade. Os descontos para os carros populares vão de R$ 2 mil até R$ 8 mil. O decreto está publicado no Diário Oficial da União.
A medida foi anunciada nessa segunda-feira (5) pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviço, Geraldo Alckmin, e pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Eles explicaram os critérios utilizados nas faixas de desconto, que variam de acordo com o preço, a eficiência energética e a densidade industrial.
“Quem atingir o máximo dos critérios – menor preço, então critério social, meio ambiente, menos poluição; e densidade industrial – terá desconto maior. Receberá crédito de R$ 8 mil, que pode chegar, em um carro de acesso, a 11,6%”, explicou Alckmin.
Para ônibus e caminhões, os descontos vão de R$ 33,6 mil a R$ 99,4 mil, e são associados à entrega de veículos da mesma categoria, usados e em condições de rodagem. Também é exigida que a documentação do veículo entregue esteja regularizada, com licenciamento de 2022 e emplacamento.
Segundo o vice-presidente, os descontos para caminhões são motivados por uma exigência Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que prevê a fabricação dos veículos no padrão chamado de Euro 6, que diminui a emissão de poluentes, mas encarece o custo do veículo. Os descontos buscam estimular a renovação da frota e retirar a circulação de caminhões e ônibus com mais de 20 anos.
A medida provisória tem validade de quatro meses e durante esse período, o desconto será registrado na nota fiscal e não incidirá no cálculo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre o automóvel.