Os preços dos produtos mais consumidos pelos brasileiros estão subindo cada vez menos, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em maio, eles aumentaram 0,23%, em média. Em abril, haviam aumentado 0,61%.
A inflação do mês passado foi divulgada nesta quarta-feira (7). Ela foi medida de acordo com a metodologia do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a fórmula oficial de cálculo da inflação no país.
Levando em conta o mês de maio, o IPCA acumula alta de 2,95% nos primeiros cinco meses do ano. Já nos últimos 12 meses, o índice acumulado é de 3,94%.
Este é o primeiro mês que a inflação dos 12 meses fecha abaixo dos 4% desde março de 2020. Em abril, o índice acumulado era de 4,18%.
A meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para o IPCA ao final de 2023 é de 3,25%, com tolerância de 1,5 pontos para mais ou menos – ou seja, de 1,75% a 4,75%. Desde março, o IPCA anual encontra-se dentro do limite de tolerância, algo que não ocorria desde janeiro de 2021.
Tipos de produtos
Dos nove grupos de itens pesquisados, sete tiveram alta em maio. Itens de saúde e cuidados pessoais foram os que mais subiram: 0,93%. Depois, vieram habitação (0,67%) e despesas pessoais (0,64%).
Os preços de transportes (-0,57%) e artigos de residência (-0,23%) recuaram em maio. Os demais grupos ficaram entre o 0,05% de Educação e o 0,47% de Vestuário.
Em Saúde e cuidados pessoais, os destaques foram para o aumento dos plano de saúde (1,20%), os itens de higiene pessoal (1,13%), e os produtos farmacêuticos (0,89%). Essa alta em farmácias tem a ver com reajuste de até 5,60% no preço dos medicamentos autorizado pelo governo e aplicado a partir de 31 de março.
Em despesas pessoais (0,64%), destaca-se a alta de 12,18% nos jogos de azar, após reajuste médio de 15,00% no valor das apostas, a partir de 30 de abril. Cinema, teatro e concertos (1,06%), alimento para animais (0,95%) e empregado doméstico (0,24%) também registraram alta em maio.
A desaceleração observada no grupo alimentação e bebidas (de 0,71% para 0,16%) foi influenciada pela alimentação no domicílio, que passou de 0,73% em abril para uma estabilidade em maio. No lado das altas, os destaques foram o tomate (6,65%), o leite longa vida (2,37%) e o pão francês (1,40%). Por sua vez, houve queda nos preços das frutas (-3,48%), do óleo de soja (-7,11%) e das carnes (-0,74%).
A alimentação fora do domicílio variou 0,58%, abaixo do registrado no mês anterior (0,66%). Houve desaceleração nos preços do lanche (de 0,93% em abril para 0,71% em maio) e da refeição (de 0,51% para 0,47%).
INPC mais baixo
Outro índice de inflação divulgado nesta quarta pelo IBGE foi o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Ele é usado para cálculo do salário mínimo anualmente.
O INPC de maio foi de 0,36% em maio, abaixo do registrado no mês anterior (0,53%). No ano, o INPC acumula alta de 2,79% e, nos últimos 12 meses, de 3,74%, abaixo dos 3,83% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em maio de 2022, a taxa foi de 0,45%.