Por intermédio do promotor Rodrigo Vendramini, de atuação em Potirendaba, interior de São Paulo, o MPSP instaurou inquérito para apurar relatos de maus-tratos e cárcere privado praticados contra pacientes de uma clínica clandestina situada em Nova Aliança. O estabelecimento foi fechado por autoridades policiais no dia 21 de junho.
Durante inspeção realizada no local a pedido da Promotoria, a Vigilância Sanitária e a Polícia Militar identificaram forte odor de urina, além de outras situações insalubres. Internos revelaram estar na clínica contra a própria vontade, afirmando que contatos com familiares eram monitorados e que o número de colchões era insuficiente para acomodar a todos.
De acordo com boletim de ocorrência, 38 pessoas foram encontradas no espaço, que ofereceria tratamento psiquiátrico e contra dependência química. Contudo, outros 20 pacientes estavam escondidos em uma área de mata para ocultar a superlotação. Voluntários afirmaram ainda que trabalhavam em troca de alimento e moradia no estabelecimento, que não possuía alvará registrado junto à prefeitura.
Após o fechamento da clínica, o Centro de Referência e Assistência Social acolheu os internos e entrou em contato com os respectivos parentes.