Alunos do 5º ano do ensino fundamental da Escola Municipal (EMEB) Maria Adelaide Camargo Cardoso, de Araçatuba, participaram na última semana de um projeto liderado pela Professora Andréa Luciane Anastácio Mian, com a temática alusiva aos festejos juninos e a literatura de cordel.
Segundo a Professora Andréa, “os alunos ficaram muito entusiasmados por conhecer um pouco mais sobre a literatura de cordel, manifestação cultural típica do Nordeste do Brasil, que consiste na produção de uma poesia popular em forma de folheto, impressa em papel simples e vendida em feiras livres, mercados públicos e na frente de igrejas”.
Os folhetos, muito presentes ainda em várias cidades nordestinas, principalmente, contêm histórias, lendas, contos populares, crônicas, e outros temas.
“Como os folhetos são, originalmente, pendurados em cordas para que os passantes possam lê-los ou até mesmo comprá-los, a forma literal ganhou o nome de cordel. Dentre os principais temas abordados nos cordéis estão o amor, a seca, os cangaceiros, a religião e as críticas sociais”, explicou a professora aos alunos, que se sentiram verdadeiros cordelistas (nome dado aos poetas autores das obras.
A diretora da EMEB Maria Adelaide, Lilian Breviglieri, elogiou a iniciativa da professora e o engajamento de todos os alunos. “Trata-se de uma forma lúdica e muito participava para estimular a alfabetização e desenvolver a habilidade de escrita dos alunos”, disse Andréa Mian.
A aluna cordelista, Ana Luiza Mendes de Souza, de 10 anos, escreveu seu cordel sobre as coisas que toda criança já fez. Escreveu ela: “Toda criança já sentiu medo (…) se escondeu debaixo do cobertor (…) já fez xixi na cama (…) já viveu uma aventura quando estava brincando (…) já inventou uma história (…) já foi criativa, usando papel, plástico, cascalho (…) já se machucou e ganhou um beijo da mamãe para sarar (…) já recebeu um carinho na cabeça (…) já brincou de carrinho ou boneca. Todo o adulto já foi uma criança e toda criança será um adulto”.
Os trabalhos dos alunos ficaram expostos no pátio da escola para que os demais alunos pudessem apreciá-los, sentindo-se, por um dia, autores, cordelistas.