Diego da Silva de Oliveira, submetido a júri popular acusado de atirar contra um policial militar, em Auriflama (SP), foi absolvido da acusação nesta segunda-feira (19). O julgamento ocorreu no Fórum da cidade. A defesa do réu foi feita pelos advogados Flávio Batistella, Daniel Madeira e Marilyn Daiana Alves, de Araçatuba, que apresentaram a tese de negativa de autoria, a qual foi acatada pelos jurados.
O caso que deu origem ao julgamento ocorreu em 29 de setembro de 2017, por volta das 5h30 da manhã, na rua Demítrio Barbera, Jardim Boa Vista, em um local ermo e próximo da zona rural. De acordo com denúncia apresentada pelo Ministério Público, o acusado estava de moto e teria efetuado tiros na direção do policial militar que estava à paisana e realizava acompanhamento de carro com o intuito de realizar uma abordagem após encontrar o réu perto de sua casa. Ainda de acordo com o MP, o acusado estaria buscando vingança pelo fato de ter sido preso por furto de trator pelo mesmo policial um ano antes. Apesar do relato de tiros, ninguém foi ferido.
No julgamento desta segunda-feira, o acusado negou que tenha efetuado tiros contra o policial. De acordo com a defesa, o réu sequer estava armado durante a tentativa de abordagem. Os advogados disseram que ele fugiu do carro ocupado pelo PM à paisana porque pensou que fosse uma tentativa de assalto.
O acusado foi submetido a exame residuográfico e o resultado deu negativo conforme os advogados de defesa. “Os jurados entenderam que o nosso cliente não atentou contra a vida do policial e que ele só queria escapar do que imaginava ser uma tentativa de roubo”, comentou Batistella em entrevista do RP10.
O julgamento foi marcado por embates acalorados entre o promotor de justiça, representante do Ministério Público e os advogados de defesa. “Por fim, conseguimos mostrar e provar aos jurados que o nosso cliente não quis matar ninguém”, disseram os advogados. Oliveira registra antecedente criminal por furto e posse ilegal de arma. Ele foi flagrado com um revólver após ter sido acusado de atirar contra o policial. Os advogados disseram que ele decidiu pegar uma arma emprestada com medo de ser morto após a desavença. Diego Oliveira já estava em liberdade.