A Record TV está enfrentando uma ação judicial movida pela autora Paula Richard, que acusa a emissora de demitir roteiristas que se recusaram a se converter à religião evangélica. A autora está buscando uma indenização de aproximadamente R$ 5,6 milhões por preconceito religioso.
Em sua queixa, Paula alega que diversos autores, incluindo Emílio Boechat, Camillo Pelegrini e Cristiane Fridman, foram dispensados por não aderirem ao evangelicalismo.
“A relação de trabalho da autora com membros da Igreja, seja na produção ou com as colaboradoras que foram inseridas na sua equipe, sempre foi amena”, afirma o processo. “Entretanto, ao que tudo indica, a já mencionada Sra. Cristiane Cardoso estava determinada a ter apenas membros da Igreja Universal escrevendo na Record TV — o que constitui, a toda evidência, inaceitável discriminação de cariz religioso”.
O processo prossegue, afirmando que “todos os roteiristas profissionais que trabalhavam na Record e não são membros da Igreja Universal foram demitidos. Hoje, somente a Sra. Cristiane Cardoso e membros da referida Igreja escrevem e atuam como roteiristas” da emissora.
Em resposta, a Record TV afirmou que “não tem religião” e prometeu tomar “todas as providências judiciais necessárias com relação à acusação sofrida”, conforme consta em comunicado oficial. A emissora ainda não se manifestou sobre os detalhes específicos da ação judicial.