No âmbito da Operação Huracán, voltada à prevenção de focos de incêndio em vegetações e, consequentemente, à minimização dos impactos que eles causam à saúde da população, o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) e a Polícia Militar Ambiental cumpriram, nesta quarta-feira (24), mandado de busca e apreensão em um imóvel situado em Guararema, interior de São Paulo, onde funcionava uma empresa dedicada à fabricação e impressão de balões.
O responsável pelo espaço usava computadores e uma grande impressora para realização da atividade. Ao se manifestar favoravelmente ao pedido de busca e apreensão, o promotor de Justiça Bruno Grecco Cardoso argumentou que o homem encontrado no local é conhecido pela fabricação de balões e bandeiras, acrescentando haver na região grupos que se encontram para soltar os apetrechos e que estipulam prêmios para quem se apossa do balão quando este chega ao solo.
A promotora de Justiça Claudia Habib, do Gaema, acompanhou a execução dos trabalhos, destinados também a orientar proprietários e produtores rurais quanto às medidas de prevenção, como a manutenção dos aceiros nos canaviais e contra riscos de incêndios em margens de rodovias.
Operação
A operação também ocorre nesta quinta-feira (25), em todo o Estado de São Paulo. Com o emprego de uma força-tarefa composta por 450 policiais militares dedicados, além do efetivo do Gaema, a Huracan tem como objetivo principal a prevenção e o combate aos focos de incêndio em vegetações, visando minimizar os impactos prejudiciais à saúde da população, ao meio ambiente e à biodiversidade.
De acordo com a PM Ambiental, esta operação abrangente prevê uma série de ações estratégicas, com destaque para a orientação aos proprietários e produtores rurais sobre medidas de prevenção. Está sendo enfatizada a importância da manutenção adequada dos aceiros das lavouras, especialmente as de cana-de-açúcar, bem como a implementação de planos de prevenção contra incêndios nas margens de rodovias, ferrovias e zonas de amortecimento de unidades de conservação, conhecidas como faixas de domínio. Além disso, pontos vulneráveis identificados também receberão policiamento preventivo.
A escolha do nome “Huracan” para a operação é uma alusão à mitologia maia, onde essa palavra representa o deus responsável por desastres naturais, invocando elementos como vento, fogo e terra. Uma característica notável dessa iniciativa da Polícia Ambiental é seu forte componente educativo. Através das redes sociais, serão promovidas ações de educação ambiental com o intuito de conscientizar toda a população. Alguns alertas serão enfatizados, tais como:
- Não jogar cigarros ou fósforos às margens de rodovias;
- Não soltar balões (pois isso configura crime, de acordo com a Lei 9.605/98);
- Evitar acender fogueiras em locais próximos a matas e em dias ventosos;
- Abster-se de realizar queimadas (em casos necessários, como em áreas agrícolas, é imprescindível
obter autorização prévia da Cetesb); - Não soltar fogos de artifício em áreas com vegetação;
- Impedir que crianças façam uso de fósforos, isqueiros ou materiais inflamáveis;
- Não despejar lixo em terrenos baldios.