Policiais ambientais capturaram, na manhã desta terça-feira (2), em Penápolis, uma raposa-do-campo. O animal estava perambulando próximo do Clube Penapolense, entre a rua Augusto Pereira de Moraes com a avenida Luís Osório.
Segundo o que foi apurado, populares viram o mamífero nas imediações, acionando a equipe que, com técnicas de remanejo e o auxílio de cambão e rede, conseguiram pegá-la. A raposa estava em perfeitas condições.
Ela foi solta em seu habitat natural. A Polícia Ambiental orienta que os que não são habilitados não tentem capturar este tipo de animal quando virem circulando por alguma via, por ser silvestre e agressivo.
Espécie
A raposa-do-campo, raposinha-do-campo, jaguamitinga ou jaguapitanga é um canídeo endêmico do Brasil, que habita os campos e cerrados em uma área de distribuição que inclui o Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e São Paulo, partes do Tocantins, Bahia e uma pequena área entre Piauí, Ceará e Paraíba.
Apesar de seu nome, elas não são raposas verdadeiras, sendo pertencentes ao gênero Lycalopex, um gênero de canídeos relacionados mais aos lobos-guará, cachorros-do-mato e cachorros-vinagre. Elas se assemelham a raposas, devido à evolução convergente e são pequenas, com focinho curto, dentes pequenos, pelagem curta e membros delgados.
Sua pele é de cor acinzentada, com uma parte inferior do corpo creme ou fulva. A cauda é preta na ponta, com uma listra escura marcada ao longo da superfície superior, que em animais machos pode se estender ao longo das costas até a nuca. As orelhas e patas são levemente avermelhadas e a mandíbula inferior é preta.
A raposa-do-campo é onívora, utilizando cupins como a base de sua alimentação, além de besouros, gafanhotos e, conforme a disponibilidade no ambiente e a estação, frutos silvestres e exóticos, pequenos mamíferos, lagartos, cobras, anuros e aves.
É um animal muito atento e percebe tudo o que ocorre ao seu redor. A visão, a audição e o olfato são bastante desenvolvidos. A raposa-do-campo é mais ativa à noite, com um padrão de atividade crepuscular-noturno. O animal é solitário e tímido.
Elas são monogâmicas, formando pares reprodutivos durante a estação de acasalamento, que permanecem juntos durante a criação dos filhotes. O período de gestação é de cerca de 50 dias, após o qual a fêmea dá à luz uma ninhada de um a cinco filhotes, frequentemente nascidos entre julho e agosto. (Por: Ivan Ambrósio)