Denúncia oferecida pela Promotoria de Justiça de Itu levou à condenação de uma mulher e um homem por crimes de tortura e abandono de incapaz praticadas contra o próprio filho. O Judiciário determinou a cada um deles penas que ultrapassam 30 anos de prisão.
A sentença acolheu a tese do MPSP de que os réus passaram anos submetendo o menino a intenso sofrimento físico e mental, como forma de aplicar castigo e medidas de caráter preventivo, desde que ele tinha 2 anos.
Segundo os autos, o garoto era levado pelos pais a uma casa abandonada para agredi-lo com fios de energia e pedaços de pau. Em uma ocasião, ele teve a cabeça queimada pelo líquido de uma bateria automotiva. Em outra, foi atingido no braço por golpe de facão desferido pelo pai.
De acordo com a Promotoria, após a última agressão, o casal deixou o imóvel em que morava levando consigo o outro filho, com a finalidade de assegurar a impunidade pelos crimes de tortura, tendo em vista a comoção causada pelo caso na região.