Ricardo Krause, acusado de asfixiar e matar a filha de quatro anos em 2015, foi condenado a um ano e seis meses de prisão por homicídio culposo, em novo julgamento que começou na última quarta-feira (24) e terminou na quinta-feira (25).
Em 2018, Krause havia sido condenado a 24 anos e 10 meses de prisão pela morte da pequena Sophia Kissajikian Cancio Najjar, que foi encontrada asfixiada com uma sacola plástica no apartamento do pai, localizado no Jabaquara, Zona Sul da cidade de São Paulo. No entanto, em setembro de 2020, o Tribunal de Justiça de São Paulo anulou o júri que condenou o cozinheiro, apontando uma “contradição dos quesitos dos jurados”. Os desembargadores que compõem a 12ª Câmara Criminal de São Paulo entenderam por unanimidade que Krause deveria ser posto em liberdade para aguardar novo júri.
O caso, registrado em dezembro de 2015. Sophia passava parte do tempo com o pai, que alegou se tratar de um “acidente doméstico” e sempre se declarou inocente. De acordo com Krause, ele tomava banho quando encontrou a filha com uma sacola na cabeça, sem respirar. Entretanto, exames do Instituto Médico Legal revelaram manchas roxas no corpo da menina, o tímpano rompido e uma lesão na parte interna da boca. Krause foi preso dois dias após o crime, durante o velório da filha, mas foi solto antes do julgamento por “excesso de tempo de prisão temporária”.
A mãe da criança, Lígia Kissajikian Câncio, lamentou a decisão do júri. “Para a nossa família é uma intensa tristeza não sentir que a justiça tenha sido feita nesse caso. Não estamos satisfeitos com a decisão, já decidimos recorrer e gostaria de dizer que vou continuar lutando por justiça”, disse ela, informando que o Ministério Público já recorreu da nova decisão.