Maria José Rodrigues, de 56 anos, morreu na manhã deste domingo (21) na Santa Casa de Araçatuba (SP) onde estava internada desde o dia 1° de maio após ter 90% do corpo queimado. O incidente ocorreu em Piacatu. O marido dela, de 48 anos, está preso por suspeita de ter ateado fogo na vítima. O caso segue em investigação.
O suspeito do crime alegou que a mulher se feriu ao acender uma churrasqueira com álcool. A polícia, no entanto, não acreditou na versão e representou pela prisão dele à Justiça. O suspeito foi preso em Piacatu no dia 5 de maio e transferido para a cadeia de Penápolis.
Em depoimento, o companheiro da vítima contou que o casal decidiu fazer churrasco e ingeriu bebida alcoólica durante o domingo, dia 30 de abril. Por volta das 22h, eles resolveram assar mais carne. Na versão dele, a mulher foi novamente acender a churrasqueira enquanto ele foi até o açougue.
O marido disse à polícia que nesse meio tempo escutou gritos e encontrou a mulher queimada. Ele também contou que tentou controlar as chamas com a mão e jogou a vítima no chão. Em seguida, a levou para o banho e aplicou medicamento. No momento, apenas os dois estavam em casa.
Durante a madrugada, a mulher reclamou de muita dor e o marido a levou para a Santa Casa de Araçatuba. À polícia, o homem negou que o casal tenha discutido e disse que não procurou socorro médico imediatamente porque a companheira não quis. Como não foi possível confirmar a versão da vítima na segunda-feira, data em que o boletim de ocorrência sobre o incidente foi registrado, o suspeito foi liberado.
A Polícia Civil passou a investigar o caso e descobriu que além de queimaduras na face, barriga, tórax, costas e região pélvica, a mulher estava com o maxilar fraturado. Além disso, uma filha da vítima contou que a mulher já foi agredida pelo companheiro algumas vezes, o que levantou a suspeita de violência doméstica.
O corpo de Maria José passaria por exame necroscópico no IML (Instituto Médico Legal) neste domingo antes de ser liberado para velório e sepultamento.