Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, recebeu autorização para deixar a prisão pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A liberdade condicional substitui a prisão preventiva que Torres vinha cumprindo, contudo, com a nova decisão, ele deve usar uma tornozeleira eletrônica.
Moraes também estabeleceu que Torres deve respeitar o recolhimento domiciliar durante a noite e aos finais de semana. A prisão de Torres foi efetuada em 14 de janeiro, em meio a investigações relativas aos eventos golpistas de 8 de janeiro, quando ele ocupava o cargo de Secretário de Segurança do Distrito Federal. O inquérito do STF busca entender uma suposta omissão na contenção desses atos.
A solicitação de liberdade para Torres partiu de sua defesa jurídica. Segundo os advogados, a liberação do ex-ministro não apresenta riscos à investigação dos eventos de 8 de janeiro. No pedido de soltura, a defesa também fez referência à situação familiar de Torres.
Os advogados argumentaram: “Após a decretação da prisão preventiva, infelizmente, suas filhas começaram a necessitar de acompanhamento psicológico, afetando sua frequência escolar. Além disso, a mãe de Torres está em tratamento de câncer. O próprio Torres, que não vê as filhas desde a prisão, entrou em um estado de tristeza profunda, tem chorado constantemente, mal tem se alimentado e já perdeu 12 quilos”.