A Justiça de Penápolis acatou pedido feito pela Polícia Civil para converter a prisão em flagrante em preventiva da mulher de 48 anos, acusada de mandar matar o irmão Tadeu Augusto de Oliveira, de 48, cujo crime ocorreu no final de semana em Avanhandava. Ele foi assassinado a tiros no sítio onde morava com a esposa e a filha no bairro Borá.
O autor dos disparos não foi encontrado até o momento. Segundo o que foi relatado, pouco depois das 21h30 de domingo (14), a mulher chegou de carro. Ao ouvir o barulho, a vítima se apoderou de um revólver calibre 38 e foi até à porta da sala, perguntando quem era. Quando a investigada se identificou, ele colocou a arma sobre o rack da sala e foi até o carro.
A mulher estaria acompanhada de um rapaz desconhecido e disse que o veículo, uma Ford Ecosport 2020, estava com problemas mecânicos, pedindo água. Oliveira retornou para a casa e, quando voltava de posse de uma jarra, o suspeito que estava no banco do passageiro passou a atirar contra ele, que foi atingido, caindo ao chão.
A esposa da vítima pegou o revólver que estava na rack e passou a disparar contra o automóvel, que deixou o local rapidamente. Em seguida, ela encontrou o marido inconsciente e pediu ajuda a um vizinho, que o socorreu para o Hospital Geral de Promissão. Oliveira não resistiu aos ferimentos e veio a óbito ao dar entrada na unidade.
Sequestro
Pouco tempo depois, a acusada acionou a Polícia Militar em Avanhandava, informando que havia sido sequestrada por duas pessoas quando estava em Promissão. Ela ainda contou que entrou no carro com os criminosos, sendo ordenada a levá-los até a casa do irmão dela.
No local, deveria relatar que o veículo estava com problema e pedir água. A mulher ainda disse para os policiais que, quando Oliveira se aproximou com a jarra com água, o rapaz que estava no banco do passageiro saiu do automóvel, atirando contra ele, que caiu.
Na sequência, eles deixaram o local, quando a cunhada passou disparar contra o carro. Ainda conforme a versão da investigada, os supostos sequestradores mandaram que ela voltasse para Promissão e, depois, voltaram para Avanhandava, tendo a dupla desembarcado em uma estrada de terra.
Herança
Questionada sobre as características dos criminosos, a mulher não soube descrever, alegando que estavam usando capuz no rosto, o que gerou suspeita, já que a suposta abordagem ter sido feito em um cruzamento com semáforo, no início da noite, em Promissão.
Foi descoberto que a acusada tinha um desentendimento com a família, pois exigia a parte da herança do sítio, apesar de ter os pais ainda vivos, passando a ameaçá-los. Levada ao plantão policial de Penápolis, a acusada foi presa em flagrante.
Após ser ouvida, foi encaminhada para uma unidade prisional feminina da região, estando à disposição da Justiça. Foi determinada a realização de perícia no sítio onde ocorreu o assassinato e no carro da irmã da vítima. Celulares e outros objetos foram apreendidos. O caso segue em investigação. (Por Ivan Ambrósio, do Jornal Interior, parceiro do RP10)