William de Campos Nascimento, acusado de ter matado o concunhado, Thiago Groto Prestes, a tiros, em frente a uma igreja na noite de 7 de janeiro de 2018, no bairro São José, zona oeste de Araçatuba, foi condenado nesta quarta-feira pelo Tribunal do Juri a quatro anos de prisão em regime aberto, por homicídio privilegiado.
Os jurados acataram o pedido da defesa condenando o réu por homicídio privilegiado, quando o crime ocorre por alguns fatores, entre eles: por relevante valor moral; por relevante valor social; sob domínio de violenta emoção e logo após injusta agressão da vítima). Outra opção pedida pela defesa foi de absolvição por clemência.
Nascimento respondeu ao processo em liberdade e o Ministério Público informou que pretende recorrer da sentença e pedir aumento na pena.
Estupro
Autor e vítima eram concunhados e amigos, mas o relacionamento entre ambos se abalou dois anos antes do crime, quando Nascimento descobriu que Prestes havia estuprado as filhas dele.
O caso foi parar na Justiça e Prestes foi condenado em primeira instância a 32 anos de prisão. Ele havia recorrido e aguardava o julgamento do recurso em liberdade. Neste período estava frequentando a Assembleia de Deus do bairro São José.
Na noite do crime Nascimento foi de carro até a igreja para verificar se Prestes estava no local. A vítima ainda foi orientada a não sair do local porque o autor estaria rondando.
Ele parou com o carro em frente a igreja e acenou chamando a vítima. Prestes se aproximou do carro e encostou para conversar com Nascimento, que estava dentro do veículo e passou a atirar, atingindo a vítima com um tiro no tórax e outro no braço. Prestes chegou a ser socorrido por populares e levado ao pronto-socorro da Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.