Após nova assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (4), os funcionários da Fundação Casa decidiram manter a greve iniciada na quarta-feira (3), por tempo indeterminado, em todo o estado de São Paulo. Conforme o Sitsesp (Sindicato da Socioeducação de SP), cerca de mil servidores participaram da assembleia realizada na capital paulista. Em deliberação, eles recusaram o acordo proposto pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) que faz a mediação entre os funcionários e a Fundação Casa.
Em todo o estado, existem 9.520 funcionários ativos para tomar conta de cerca de 5 mil adolescentes internados. No primeiro dia de paralisação, segundo o sindicato, houve uma adesão de aproximadamente 80% dos funcionários. Em Araçatuba, que comporta duas unidades da Fundação, são 160 servidores.
O TRT-2 determinou que 80% dos funcionários sejam mantidos nas unidades durante a greve. A multa diária por descumprimento é de 200 mil. De acordo com o Sitsesp, todas as atividades pedagógicas foram suspensas nas unidades desde o início da paralisação. A Fundação Casa, porém, contesta a informação e diz que o funcionamento segue normalizado em todas as unidades.
Os funcionários da Fundação Casa iniciaram a greve após recusarem o acordo de reajuste salarial de 5,75% proposto pelo governo de São Paulo, valor abaixo da reposição inflacionária de 6,70%. Outra reivindicação dos trabalhadores é o não fechamento de unidades e, também, reivindicam a realização de concurso público, pois o efetivo está baixo.
O governo alega que a proposta impacta além do salário e incide em benefícios dos servidores (vale-refeição, vale-alimentação e auxílios creche e funeral). Caso aprovada, passa a valer a partir de junho.
Nova assembleia
O TRT-2 intimou o sindicato para uma nova audiência de conciliação às 9h desta sexta-feira (5). A reunião será realizada na modalidade virtual e poderão participar quatro representantes de cada parte, o Sitsesp e a Fundação Casa, incluindo os advogados.