Em um cenário político cada vez mais complexo, a deputada Carla Zambelli (PL-SP) está no centro de uma controversa ação popular. Proposta na Justiça do Distrito Federal, a ação requer a devolução de R$168 mil obtidos por meio de uma campanha de “vaquinha” para custear condenações judiciais.
A iniciativa legal foi movida pelos advogados trabalhistas Amaury Soares Marques Junior e José Antônio Rolo Fachada. Em entrevista ao jornal O Globo, Soares argumentou que a conduta de Zambelli violou o princípio da moralidade pública, dado que a deputada utilizou sua posição política para solicitar fundos.
Ele destacou que servidores públicos não devem solicitar contribuições de entidades privadas. “Embora não se perceba crime ou ação típica, a atitude contestada da parlamentar, que usou sua posição para pedir ajuda em uma campanha denominada ‘vaquinha’, para arrecadar dinheiro de contribuintes para saldar compromissos pessoais, é claramente imoral e deve ser combatida”, disse na petição.
Entenda
Em 26 de abril, Zambelli recorreu às suas redes sociais para divulgar uma chave PIX, solicitando doações para pagar cerca de R$65 mil em processos perdidos na justiça. Ela justificou a “vaquinha” como necessária, alegando que seu salário não cobriria todos os custos.
A deputada, no entanto, se defendeu, alegando que os processos eram principalmente contra Lula. “Estou enfrentando um processo no TSE de R$ 30 mil e outros 20 processos, variando de R$ 25 a R$ 30 mil, que provavelmente vou perder vários, pois são processos em que acusei o Lula, em verdades”, disse a deputada na época.
A deputada, no entanto, se defendeu, alegando que os processos eram principalmente contra Lula. “Estou enfrentando um processo no TSE de R$ 30 mil e outros 20 processos, variando de R$ 25 a R$ 30 mil, que provavelmente vou perder vários, pois são processos em que acusei o Lula, em verdades”, disse a deputada na época.