Cubas, ex-candidato à presidência do Paraguai, foi preso na última sexta-feira (05) de forma preventiva, acusado de perturbar a tranquilidade pública. A detenção ocorreu por ordem da Procuradoria do país, conforme informou a polícia local.
Após ficar em terceiro lugar nas eleições de domingo, Cubas liderou manifestações contestando os resultados do pleito, alegando fraude. No entanto, organizações internacionais não encontraram indícios que colocassem em dúvida a legitimidade das eleições. Santiago Peña foi o vencedor, com 43% dos votos, seguido por Efraín Alegre, com 27%, e Paraguayo Cubas, com 23%.
A prisão de Cubas ocorreu na cidade de San Lorenzo, nos arredores de Assunção, e ele foi encaminhado para a sede do Agrupamento Especializado da Polícia, conforme informou Gilberto Fleitas, comandante da Polícia Nacional. O ex-candidato não resistiu à prisão.
Até 2019, Paraguayo Cubas atuou como senador, mas foi cassado por “uso indevido de influências”. A cassação foi motivada por episódios de agressão física, ameaças e incitação à violência. Em um dos casos, durante uma ação policial na fazenda de um brasileiro, Cubas pediu a morte de 100 mil brasileiros, número que ele estimou corresponder a brasileiros envolvidos em atividades criminosas no Paraguai.
Nas eleições, Cubas se apresentava como um candidato antissistema, rejeitando as instituições tradicionais da política. Mesmo com a detenção, o ex-senador e ex-candidato à presidência continua a ser uma figura polêmica e controversa no cenário político paraguaio.