O homem investigado suspeito de ter ateado fogo na companheira, uma mulher de 56 anos que teve queimaduras de segundo grau em 90% do corpo, na última segunda-feira (01) em Piacatu, foi preso nesta sexta-feira (5) e teve a prisão temporária homologada no início da tarde deste sábado (06) na audiência de custódia.
A defesa do autor está sendo feita pelos advogados Flávio Batistella e Daniel Madeira. A audiência foi acompanhada por Madeira, que pediu a homologação e expedição de ofício com urgência ao juízo comunicando o cumprimento.
Segundo o boletim de ocorrência, o companheiro da vítima contou que o casal decidiu fazer churrasco. Ele saiu para ir ao açougue e escutou gritos e encontrou a mulher queimada.
Ele também contou que tentou controlar as chamas com a mão e jogou a vítima no chão. Em seguida, a levou para o banho e aplicou medicamento.
No dia seguinte, a mulher afirmou que estava com dor e ele a levou para a Santa Casa de Araçatuba, onde foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) com queimaduras na face, barriga, tórax, costas e região pélvica. De acordo com o hospital, o estado dela é grave.
Segundo a Polícia Civil de Araçatuba (SP), a filha da vítima contou que a mulher já foi agredida pelo companheiro algumas vezes, o que levantou a suspeita de violência doméstica.
À polícia, o homem negou que o casal discutiu e disse que não procurou socorro médico imediatamente porque a companheira negou. Como não foi possível confirmar a versão da vítima, o suspeito foi liberado.
No entanto, diante das evidências de possível crime apuradas no decorrer da investigação, a Polícia havia solicitado a prisão temporária e mandado de busca e apreensão na casa do suspeito. Ele foi transferido para a cadeia de Penápolis, onde ficará preso à disposição da Justiça.