A Polícia Federal, a Polícia Civil e Polícia Militar deflagram ação conjunta em resposta a sequestros cometidos em Serrana, interior de São Paulo.
No dia 7 de fevereiro deste ano, a tesoureira da agência da Caixa Econômica Federal de Serrana ficou mantida refém em sua casa enquanto seu marido e sua filha, de 10 anos, foram levados a um cativeiro localizado nas proximidades da favela da Locomotiva na cidade de Ribeirão Preto.
A tesoureira permaneceu refém de integrantes do grupo em sua residência até a manhã do dia 08/02/2023, ocasião em que se deslocou para a agência em seu turno de trabalho, sob vigilância dos criminosos, e subtraiu valores da instituição financeira.
A quantia subtraída foi entregue em pagamento aos criminosos na saída da cidade de Serrana e sua família libertada, logo depois, em Ribeirão Preto.
Posteriormente, em 25 de março, em outra ação criminosa violenta em Serrana, um casal de empresários foi mantido como refém de um grupo armado para subtração de bens e valores da empresa e residência das vítimas. Dentre eles, foi identificado um indivíduo que também era investigado como participante na ação contra a tesoureira da Caixa Econômica Federal, o que motivou o início da ação conjunta entre as Polícias Civil e Federal.
Com o avanço das investigações e a obtenção das medidas de prisão e busca e apreensão, expedidos pela 5ª Vara Federal de Ribeirão Preto, foi deflagrada a operação nos municípios de Serrana, Ribeirão Preto e Campinas, bem como uma ação na favela da Locomotiva, com a participação da Polícia Militar.
Ao todo foram cumpridos 11 mandados de prisão, oito da Polícia Federal, dos quais seis investigados foram localizados e dois estão foragidos, e três da Polícia Civil, com todos os envolvidos presos, além de 16 mandados de busca e apreensão, nove da Polícia Federal e sete da Polícia Civil.
Além disso, na favela da Locomotiva foram encontrados outros quatro foragidos da Justiça, que estavam com mandados de prisão em aberto, além da apreensão de 30 kg de maconha, até o momento.
As condutas criminosas investigadas pela Polícia Federal caracterizam crimes de Associação Criminosa Armada e Extorsão Mediante Sequestro Qualificado, com penas previstas de, no mínimo, 13 anos e 6 meses a 24 anos e 6 meses.
Os crimes apurados pela Polícia Civil incidem nas condutas de roubo majorado e qualificado por concurso de duas ou mais pessoas, uso de arma de fogo e restrição da liberdade das vítimas, com penas previstas de no mínimo oito anos e sete meses e máxima de 25 anos e 10 meses.