A Presidência da República adquiriu seis móveis por R$ 196,7 mil no início deste ano para o Palácio da Alvorada, sem licitação, conforme dados fornecidos pela Casa Civil por meio da LAI (Lei de Acesso à Informação). Inicialmente, a Presidência havia registrado no Diário Oficial da União a aquisição de onze móveis, no valor de R$ 379 mil, argumentando a necessidade de recomposição do mobiliário.
A Casa Civil explicou que cinco móveis não foram entregues, e o empenho dos demais foi anulado. Os móveis foram adquiridos para a área privativa do Palácio da Alvorada, incluindo um sofá com mecanismo elétrico reclinável e revestido em couro, no valor de R$ 65 mil, e uma cama king size revestida em couro grão natural no valor de R$ 42,2 mil. A Presidência também comprou um colchão masterpiece top visco por R$ 8,9 mil e uma poltrona ergonômica revestida em couro no valor de R$ 29,4 mil.
A Comissão de Fiscalização e Controle da Câmara dos Deputados está investigando a situação e apurando se houve irregularidade na compra de móveis para o Palácio da Alvorada pela atual gestão. Os partidos de oposição solicitaram que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, esclareça por que houve dispensa de licitação na compra de mobiliário.
O fato de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter morado em um hotel da capital federal por um mês também chama a atenção. Na época, o Palácio do Planalto pagou mais de R$ 216 mil na hospedagem do presidente e da primeira-dama Rosângela Silva.
Em nota, o Palácio do Planalto afirmou que “o gabinete de transição governamental identificou que não havia condições de habitabilidade da residência oficial da Granja do Torto, que estava sob controle da gestão anterior”. A nova gestão também argumentou que móveis como camas e mesas tinham sido retirados pela gestão de Jair Bolsonaro de dormitórios do Palácio da Alvorada.
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