A pedido da Promotoria de Justiça de Piraju, no interior de São Paulo, a mulher denunciada por participação no estupro e assassinato da própria filha teve sua prisão preventiva decretada na última terça-feira (25/4). O outro réu no processo, padrasto da vítima, já havia sido alvo de mandado de prisão em 10 de abril.
Ao levar o caso ao Poder Judiciário, o promotor Cristiano de Barros Santos explicou que o homem agredia com frequência os filhos da companheira, incluindo a adolescente de 13 anos, sem que a mãe interviesse. A mulher chegou a informar diversas vezes ao Conselho Tutelar que a vítima não sofria agressões.
Na noite de 9 de abril deste ano, em Sarutaiá, o réu estuprou a enteada e, para garantir a impunidade, matou a adolescente a pauladas na presença da mãe e dos irmãos menores. Na manhã seguinte, a ré acionou a ambulância, mas a filha já estava morta. Aos profissionais de saúde, ela afirmou que a menina tinha caído do telhado meia hora antes.
Santos denunciou o casal por estupro e homicídio no contexto de violência doméstica com cinco qualificadoras: meio cruel, mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, para assegurar a impunidade de outro crime, contra mulher e menor de 14 anos.