O líder comunitário Damião Brito, 50 anos, que foi esfaqueado na tarde do dia 3 de abril na rua Baguaçu, em frente à sede da GS Inima Samar, foi à delegacia buscar os pertences encontrados dentro do carro levado pelos autores no dia do crime. Ele deu falta de alguns objetos e recuperou outros, incluindo o pedaço do dedo decepado que estava no assoalho do carro e já passou por exame no IML.
Brito disse que a maior dor foi pegar o pedaço do seu dedo decepado. Ele constatou que roubaram uma pasta com diversos contratos, incluindo o contrato que tinha assinado com os autores sobre a venda de uma chácara e seria fruto da desavença entre eles, além de R$ 2,3 mil em dinheiro, o telefone celular e um capacete azul.
Também não foram localizados no carro a carteira de habilitação de Brito e alguns cosméticos da esposa dele. O veículo foi encontrado no meio de um canavial na zona rural de Birigui dois dias depois do crime, em uma quarta-feira (05/04). Brito disse que agora o veículo já foi periciado e está liberado para ele retirar, do pátio de um guincho em Birigui. “Meu carro está sem a placa e com avarias nos pneus traseiros”, disse ele.
Decepado
Brito teve um dedo da mão esquerda decepado quando tentava se defender das agressões de pai e filho, que estavam no carro dirigido por ele. Os autores fugiram com o veículo após Brito escapar do carro. Ele alega que foi arrastado por cerca de 200 metros, preso ao conto de segurança, mas os autores alegam que não chegaram a arrastá-lo e inclusive cortaram o cinto para ele sair do carro.
Cirurgia
Devido as facadas que levou deum dos autores, Brito já passou por duas cirurgias, porque teve lesão nos tendões de dois dedos da mão direita e outros dois da mão esquerda, e já teve alta. Ele não sabe se vai recuperar e quando conseguira ter de volta o movimento dos dedos.
Investigação
O caso segue sendo investigado pela Polícia Civil. Tanto vítima como autores confirmam que a desavença se deu por conta do distrato da venda de uma chácara, e os autores estavam devendo dinheiro para vítima, que foi fazer a cobrança no dia do crime. Os autores alegam que já vinham sendo ameaçados e dizem que o terreno alvo da briga entre eles era de área verde, motivo que gerou a perda e o distrato.
Brito contesta a informação e disse que pai e filho estão dando informações desencontradas, sendo que ele está com advogado e um detetive particular para auxiliar na acusação.