Por quatro votos a favor e um contrário, o Tribunal do Júri absolveu, nesta quarta-feira (13), o jovem de 22 anos que matou Gislaine Torres de Oliveira, apontado como uma das responsáveis pela morte de sua mãe, Edilamar Aparecida Pires Miranda. O crime aconteceu em Nova Granada (SP), onde o corpo da mãe foi encontrado enterrado em um quarto.
O réu foi absolvido por “clemência”, o que significa que foi perdoado pelo sentimento de pena ou dó. Ele estava preso desde o ocorrido no Centro de Detenção Provisória (CDP) de São José do Rio Preto (SP), mas foi liberado após o término do julgamento.
Os advogados de defesa, Priscila Furlaneto e Diego Carretero, afirmaram que o réu foi denunciado por homicídio duplamente qualificado. Priscila explicou que o jovem estava com o irmão, de 16 anos, quando atirou duas vezes em Gislaine, no dia 15 de setembro do ano passado, 46 dias depois do corpo de sua mãe ser encontrado pela avó em um quarto.
Por conta do ocorrido, o adolescente está internado na Fundação Casa, onde cumpre medida socioeducativa por tempo indeterminado. Os advogados entraram com recurso para pedir a liberdade do menino, mas a Justiça recusou.
“Nós devemos fazer um habeas corpus para que, com a absolvição do irmão, a gente consiga reverter essa decisão de internação”, explicou Priscila.
O ex-marido de Edilamar, considerado o principal suspeito de cometer o crime, segue foragido. O delegado responsável pela investigação, Ericson Abufares, concluiu o inquérito policial e pediu a prisão preventiva do suspeito. A última informação da polícia é de que o homem estava em Araxá (MG).
Segundo o laudo necroscópico do corpo de Edilamar, emitido nesta semana, não foi possível concluir a causa da morte devido ao avançado estado de decomposição. O corpo dela foi encontrado pela mãe, enterrado em um quarto da casa onde morava em Nova Granada. O portão da residência foi arrombado, e foram encontrados pedras de naftalina e baldes na varanda para disfarçar o odor do corpo.
Os bombeiros foram acionados para retirar o corpo, que foram encaminhados ao Instituto Médico Legal (IML).
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