O Tribunal de Contas da União (TCU) realizou uma auditoria que revelou que o Exército Brasileiro utilizou recursos alocados para o combate à pandemia de coronavírus na compra de carnes nobres e salgados de coquetel. A investigação ocorreu após solicitação da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle do Congresso Nacional, examinando gastos de R$ 15,6 milhões dos Ministérios da Defesa e da Saúde.
Os auditores constataram que o Exército gastou R$ 255,9 mil em produtos como salgados de coquetel, sorvetes e refrigerantes, itens que provavelmente não seriam destinados à alimentação dos militares envolvidos na Operação Covid-19 devido ao baixo valor nutritivo e sua finalidade habitual.
Compra de carnes nobres
Além disso, o Exército destinou R$ 447,4 mil para a aquisição de 12 mil quilos de filé-mignon e picanha, representando 21,7% do total gasto com carne bovina em todas as unidades. A auditoria do TCU aponta que uma normativa interna do Exército permite a compra de carnes nobres, mas ressalta a necessidade de observar princípios como razoabilidade e interesse público.
O TCU argumenta que a utilização desses recursos, provenientes de endividamentos da União e que agravaram a crise econômica e social do Brasil, para a compra de itens de luxo, viola princípios como razoabilidade e interesse público, já que havia alternativas mais baratas e igualmente adequadas.
O Exército Brasileiro foi procurado para comentar os resultados da auditoria do TCU, e o espaço permanece aberto para futuras manifestações.
Deixe o seu comentário