O dólar está em queda novamente nesta quarta-feira (12), o que marca o segundo dia de recuo da moeda americana. Essa queda se deve aos resultados mais brandos da inflação brasileira e americana. A desaceleração dos preços pode aumentar a perspectiva de queda das taxas de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, o que é animador para investidores que buscam deixar investimentos seguros e migrar para ativos de risco.
Os investimentos em países emergentes, como o Brasil, podem ser favorecidos nessa situação. Às 10h50, a moeda americana caía 1,26%, cotada a R$ 4,9436. Na mínima do dia, o dólar chegou a R$ 4,9455. Na véspera, o dólar teve queda expressiva de 1,17%, cotado a R$ 5,0067, o menor patamar em 10 meses. Com o resultado, a moeda acumula perdas de 1,23% no mês e de 5,14% no ano.
As divulgações dos índices de inflação do Brasil e dos Estados Unidos foram duas boas notícias para os agentes do mercado financeiro, que se preocupam com a desaceleração da economia global. Ambos os dados indicam que a subida dos juros está fazendo efeito nos preços e que, consequentemente, poderão ser reduzidos em um prazo mais curto.
Na terça-feira, o dólar teve uma forte queda, chegando a R$ 5, após a inflação brasileira vir abaixo do esperado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,71% em março, enquanto a expectativa de mercado era de alta de 0,77%. Com isso, o país passa a ter uma inflação acumulada de 4,65% na janela de 12 meses, o menor valor desde janeiro de 2021.
Nesta quarta-feira, os números de inflação dos Estados Unidos também vieram abaixo das expectativas. O Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) teve alta de 0,1% em março, depois de aumentar 0,4% em fevereiro, informou o Departamento do Trabalho dos EUA. Nos últimos 12 meses, o índice americano teve alta de 5%, antes do ajuste sazonal, o menor patamar desde maio de 2021. Economistas previam que os custos ao consumidor cresceriam 5,2% na base anual, após aumento de 6% em fevereiro.
A desaceleração do índice de preços ao consumidor americano, junto com a redução da inflação brasileira, foi vista como uma boa notícia para o mercado financeiro. Isso porque a alta da inflação pode levar a um aumento nas taxas de juros, o que pode diminuir a atratividade de investimentos de risco, como ações e fundos imobiliários.
Deixe o seu comentário