O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou durante uma cúpula virtual sobre mudanças climáticas nesta quinta-feira (20) um investimento histórico de US$ 500 milhões no Fundo Amazônia. O Fundo, criado pelo Brasil durante a Conferência Mundial do Clima em 2006, tem como objetivo combater as emissões de gases de efeito estufa por meio da preservação da floresta e do fomento da economia sustentável na região.
Em fevereiro deste ano, durante uma visita do ex-presidente brasileiro Lula a Washington, o governo dos Estados Unidos havia prometido a doação de US$ 50 milhões de dólares, dez vezes menos do que o valor anunciado agora. A quantia ainda precisa passar por aprovação no Congresso americano para se tornar válida.
Além disso, Biden anunciou que a Corporação Norte-americana de Desenvolvimento Financeiro fará um investimento de dívida de US$ milhões no BTG Pactual, que ajudará a levantar US$ 1 bilhão para a restauração de quase 300.000 hectares de terras no Brasil, Uruguai e Chile.
A iniciativa vai ao encontro do anúncio feito pelo Brasil em 2021, na Conferência Mundial do Clima (COP) 26, de reduzir as emissões de gases de efeito estufa do Brasil até 2030 e zerar o desmatamento dois anos antes.
O Fundo Amazônia é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e tem a finalidade de angariar contribuições voluntárias de outros países para combater as emissões liberadas por meio do desmatamento, além de fomentar a conservação e a economia sustentável na Amazônia. Mais de 207 mil pessoas são impactadas positivamente e diretamente pelo Fundo, envolvendo um total de 384 instituições.
Em janeiro deste ano, a Noruega anunciou que iria retomar o investimento de R$ 3 bilhões no Fundo, depois de ter se negado a liberar o recurso durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. O anúncio feito hoje por Biden mostra uma cooperação internacional significativa na luta contra as mudanças climáticas e na preservação da floresta Amazônica.