Em resposta aos graves episódios de violência que ocorreram antes e depois da partida entre Flamengo e Vasco, no último domingo (5/3), o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, anunciou na sexta-feira (10/3) a proibição da entrada de torcidas organizadas dos quatro grandes clubes do estado em estádios.
A decisão foi tomada em uma reunião que contou com dirigentes de clubes, representantes das Polícias Civil e Militar, membros do Ministério Público, do Tribunal de Justiça do Rio e da FERJ.
A medida afeta as seguintes torcidas organizadas: Raça Rubro-negra e Jovem Fla (Flamengo), Fúria (Botafogo), Força Jovem (Vasco) e Young (Fluminense). Além disso, a entrada das torcidas organizadas em estádios do Rio de Janeiro foi proibida por tempo indeterminado.
Além da proibição, Cláudio Castro informou que haverá punições mais graves para os brigões, como prisão e o uso de tornozeleiras eletrônicas. De acordo com o governador, todos os “brigões” serão enquadrados como “organização criminosa” e não como delito de baixo poder ofensivo. O Tribunal de Justiça do Rio possui uma vara criada especificamente para lidar com esse tipo de crime, o que significa que a punição será mais severa.
As medidas já estão em vigor para os jogos das semifinais do Campeonato Carioca, que não terão torcida única. Neste domingo (12/3), Volta Redonda e Fluminense jogam no estádio Raulino de Oliveira, e na segunda-feira (13/3), Flamengo e Vasco se enfrentam no Maracanã.
Com essas medidas, o governo do Rio de Janeiro busca garantir a segurança dos torcedores e coibir a violência nos estádios. As punições mais rigorosas para os brigões também são uma tentativa de desestimular comportamentos violentos e criminosos dentro e fora dos estádios.