Um dos presos pela PF na manhã desta sexta-feira em Penápolis (a 53 quilômetros de Araçatuba) é Fábio Alexandre Oliveira, que apareceu no dia dos ataques em Brasília sentado na cadeira do Ministro Alexandre Morais, no STF, fazendo xingamentos contra ele. O outro é o ex-funcionário da prefeitura, Erlon Paliota Ferrite.
Os dois presos haviam sido citados em reportagem do Fantástico. Oliveira apareceu sentado, no dia do ataque, na poltrona do ministro Alexandre Moraes, no STF (Supremo Tribunal Federal), xingando-o de vagabundo.
Ele é apontado como um dos líderes de caravanas para Brasília. Dois ônibus de Penápolis foram enviados para o Distrito Federal e chegaram a ser apreendidos pela Polícia Federal.
O outro preso, Erlon Paliota Ferrite, foi detido na casa dos pais, com quem estava morando. Ele era funcionário municipal e foi exonerado no dia 20 de janeiro. Erlon era chefe do Serviço de Transporte de Ambulância e foi candidato a vereador pelo Partido Verde (PV) em 2012 e 2016.
A exoneração do bolsonarista foi feita pelo prefeito Caíque Rossi, o mesmo que que o nomeou em 2021 após prestar serviços de carros de som nas últimas eleições municipais.
Operação
Equipes da Polícia Federal cumpriram na manhã desta sexta-feira (17) dois mandados de busca e dois de prisão em Penápolis. A ação fez parte da 8ª fase da Operação Lesa Pátria, que tem como objetivo identificar participantes dos ataques antidemocráticos promovidos no dia 8 de janeiro em Brasília.
A ação está sendo desencadeada em diversos estados. Em São Paulo a PF está agindo em nove cidades. Além de Penápolis, está sendo cumprido um mandado em São José do Rio Preto. Outros municípios onde as equipes estão atuando são, Guarulhos, Itatiba, Monte Azul Paulista, Paulínia, Socorro, Sorocaba e São Paulo.
A PF ainda investiga para identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro em Brasília/DF, quando o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal foram invadidos por indivíduos que promoveram violência e dano generalizado contra os imóveis, móveis e objetos daquelas instituições.
Policiais federais cumprem 46 mandados de busca e apreensão e 32 mandados de prisão preventiva nos estados da Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal.
Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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