Na noite de quinta-feira (10), um ataque em um centro de Testemunhas de Jeová em Hamburgo deixou pelo menos oito pessoas mortas e várias outras feridas. A polícia alemã confirmou o número de mortos nesta sexta-feira (11) e ainda não sabe quais foram os possíveis motivos do tiroteio.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, lamentou o “ato de violência brutal” e manifestou solidariedade às famílias das vítimas. A ministra do Interior alemã, Nancy Faeser, também expressou sua indignação nas redes sociais e afirmou estar “chocada com o terrível ato de violência”.
A comunidade das Testemunhas de Jeová divulgou uma nota, afirmando que está “profundamente entristecida” com o ataque mortal contra seus membros.
A polícia informou que recebeu um alerta do tiroteio por volta das 21h15 (hora local) de quinta-feira e ao chegar ao local, ouviu tiros no andar superior do prédio. Um porta-voz da polícia disse que há indícios de que o autor do ataque possa estar entre os mortos.
As equipes de resgate retiraram 18 pessoas do edifício, que conseguiram escapar ilesas. As Testemunhas de Jeová fazem parte de uma igreja internacional, com adesão mundial de cerca de 8,7 milhões de pessoas, sendo 170 mil na Alemanha.
As autoridades alemãs têm estado em alerta nos últimos anos devido à dupla ameaça terrorista, do extremismo islâmico e de direita. A Alemanha já foi vítima de ataques de movimentos extremistas islâmicos, como o que ocorreu em Berlim em dezembro de 2016, quando um caminhão avançou contra uma multidão e deixou 12 mortos. Este foi o pior ataque do gênero em território alemão.