Após encontrar bilhetes ameaçadores na Escola Estadual Nilce Maia Souto Melo, em Araçatuba, a equipe gestora acionou a Ronda Escolar e a Polícia Civil para proceder com as investigações, informou a Secretaria Estadual de Educação, nessa quinta-feira (30).
Os avisos de um “massacre” foram encontrados nos banheiros masculino e feminino da escola, localizada na rua Honduras, Vila Industrial, na última terça-feira (28), um dia após o ataque em uma escola estadual da capital paulista, que resultou na morte de uma professora de 71 anos, além de feridos.
As mensagens na unidade escolar de Araçatuba traziam os dizeres: “Dia 4 de abril vocês vão ter uma surpresa. Já deixei bem claro no banheiro das meninas. ‘Massacre Dia 4 de Abril’. Vou esperar todos vocês na escola”, dizia um dos bilhetes, que tinha a assinatura de “André”.
Segundo a Secretaria de Educação do Estado, todas as providências foram tomadas para tranquilizar a comunidade escolar e garantir a segurança.
“As aulas seguem normalmente e o caso foi registrado na Plataforma Conviva (Placon) e em boletim de ocorrência. A gestão escolar segue à disposição da comunidade para dúvidas e esclarecimentos”, afirmou a pasta, por meio de nota.
O comunicado diz, ainda, que as escolas da rede estadual estão atentas aos comportamentos dos estudantes, atuando com a escuta ativa e mediação, buscando solucionar os conflitos identificados.
“Periodicamente, a equipe CONVIVA SP – Programa de Melhoria da Convivência e Proteção Escolar – promove encontros formativos junto aos COE (Coordenador de Organização Escolar) cujas pautas são voltadas à promoção da cultura da paz, à valorização da vida e à mediação de conflitos”, conclui a nota da Secretaria.
Na terça-feira, a reportagem do RP10 foi informada por pais de alunos da ameaça de massacre na escola Nilce Maia, que oferece os últimos anos do Ensino Fundamental, além do Ensino Médio completo.
Preocupados, os pais temem pela segurança de seus filhos. “A gente fica preocupada porque não sabe se é um brincadeira, ainda que de muito mau gosto”, afirmou a autônoma Karina Alves de Almeida, que tem uma filha de 13 anos na unidade e está disposta a não mandar a garota para a escola no dia 4 de abril.
Esta não é a primeira vez que isso acontece em uma escola estadual de Araçatuba. A colocação de bilhetes com ameaça de massacres ocorreu em pelo menos duas unidades escolares da cidade, no ano passado, mas nenhuma delas se concretizou.
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