A Santa Casa de Birigui registrou taxa média geral de infecção hospitalar de 0,54% em 2022, resultado bem abaixo do aceitável pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que é de até 5%. Inclusive, o índice verificado no ano passado ficou abaixo da média nacional, de 14%.
O infectologista Igor Barcellos Precinoti, que coordena a CCIH (Comissão de Controle de Infecção Hospitalar), observa que o êxito obtido é fruto do comprometimento de toda equipe multidisciplinar com os pacientes e das ações estratégicas desenvolvidas ao longo do ano.
O médico também destaca que o simples e constante ato de higienização das mãos pelos profissionais é fundamental para evitar infecções. “A infecção hospitalar pode ser letal. Por isso, adotamos diversas medidas de proteção para reduzir os riscos e oferecer segurança aos pacientes”, comentou.
Para o interventor Alex Brasileiro, o índice abaixo de 1% demonstra a efetividade no controle de infecções, resultado da qualidade do trabalho de todos profissionais da instituição. “A taxa reflete a dedicação da nossa equipe em oferecer o melhor tratamento e cuidado aos pacientes”, afirmou.
Prevenção
A enfermeira do SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar), Edmari Franco de Souza Ferreira, explicou que as infecções mais comuns adquiridas no ambiente hospitalar são as infecções urinária e na corrente sanguínea associadas ao uso de cateter, e a pneumonia associada à ventilação mecânica.
A Santa Casa possui protocolos para a prevenção de infecções, que seguem as diretrizes da OMS. Entre as ações, destacam-se o gerenciamento de antimicrobianos (antibióticos), visitas beira leito e busca ativa, medidas de isolamento, controle de limpeza e desinfecção de ambientes e superfícies.
“Trabalhamos também o swab de vigilância, rastreando micro-organismos em pacientes vindos de outras instituições. Além disso, implantamos os “bundles” de prevenção, uma forma estruturada de melhorar os processos e os resultados dos cuidados para com os pacientes”, disse Edmari.
Outra medida importante para a prevenção é a educação permanente dos colaboradores, com capacitações e treinamentos. “Realizamos rotineiramente a avaliação dos processos e elaboração de planos de ação para reduzirmos os riscos de infecções por parte dos pacientes, a fim de melhorar a qualidade da assistência hospitalar”, completou a enfermeira.