A camareira Débora Barros dos Santos, de 26 anos, suspeita de fingir ter leucemia para aplicar golpes, admitiu ter arrecadado mais de R$ 30 mil. De acordo com o delegado responsável pela investigação do caso, Tibério Cardoso, a jovem arrecadou cerca de R$ 27.200,00 via Pix, além de terceiros que entregaram em dinheiro pouco mais de R$ 3 mil. O dinheiro seria usado para custear o suposto tratamento.
O caso aconteceu em Pirenópolis, no Entorno do Distrito Federal. Segundo o investigador, a jovem não tem nenhum laudo que comprove o diagnóstico da doença. “Ela [Débora] prestou declarações confusas, alegando que ‘na cabeça dela’ estava doente, com leucemia. Afirmou que passou por tratamento de quimioterapia no hospital Araújo Jorge, referência no tratamento dessa doença em Goiás. Entretanto, o hospital negou que ela tenha sido paciente deles”, disse o delegado ao Metrópoles.
Ainda de acordo com Tibério Cardoso, a jovem insiste na versão de que estava doente. No entanto, desde o final do ano passado, ela voltou a morar no Maranhão, seu estado natal. “Ela alega que ultimamente, depois que voltou para o estado do Maranhão, não tem mais sentido os sintomas da doença. Atualmente, só tem sentido dificuldade para se alimentar”, afirma Cardoso.
Em liberdade
Débora está respondendo pelo crime em liberdade. “Se for condenada ela pode pegar até 5 anos de reclusão, mais aumento de pena em razão do crime continuado que alcançou diversas vítimas no intervalo aproximado de 4 meses”, afirmou o investigador.
As vítimas, majoritariamente, são pessoas que participavam de núcleos de convivência de Débora, como colegas de trabalho que participaram das campanhas para ajudá-la no suposto tratamento. “Só um jardineiro que trabalhava com ela, conseguiu uma doação com vizinhos de R$ 750. Ela também conseguiu doações da família do namorado, de pessoas próximas, familiares, valores individuais que chegavam a R$ 3 mil”, contou o delegado ao Metrópoles.
Deixe o seu comentário