Davi Moura de Oliveira foi condenado hoje (15), em Araçatuba (SP), a 12 anos de prisão em regime fechado pelo homicídio cometido contra o tatuador Gabriel Marcos da Silva. O crime foi praticado na Rua Waldir Cunha, bairro Água Branca, na noite de 20 de março de 2020.
A defesa do réu defendeu a tese de negativa de autoria, mas o argumento foi rejeitado pelos jurados. O julgamento ocorreu no Fórum de Araçatuba. Com a decisão, o condenado voltou ao sistema carcerário. O promotor de justiça Adelmo Pinho disse que não vai recorrer da decisão do Tribunal do Júri.
O crime
Gabriel foi assassinado com ao menos 12 tiros no interior de seu atelier de tatuagem no bairro Água Branca. O autor do crime chegou ao local de moto, entrou no estabelecimento com capacete na cabeça, sacou uma pistola e um revólver e disparou contra a vítima, que não teve chance de reação. Gabriel morreu no local.
A Polícia Civil passou a investigar o crime e apurou que Davi estaria envolvido. Em 8 de abril de 2020, o acusado foi preso em casa, no bairro Hilda Mandarino durante cumprimento de mandado de prisão temporária e de busca e apreensão realizado pela Polícia Civil. Na ocasião, os investigadores apreenderam a pistola e o revólver usados no homicídio ocorrido duas semanas antes.
A polícia apurou que o crime teve motivação passional. O condenado teria ficado sabendo que a vítima havia investido contra uma ex-namorada. Na delegacia, logo após ser preso, Davi confessou informalmente o crime, mas durante o processo na Justiça ele negou a autoria do homicídio. Durante o julgamento, ele voltou a negar o crime, mas os jurados não foram convencidos disso e o condenaram.