O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) de Araçatuba deu o pontapé inicial na articulações para as eleições municipais de 2024. A ideia é criar uma frente ampla de esquerda e até abrir mão de uma candidatura própria em favor de um nome que tenha viabilidade eleitoral para vencer os concorrentes da direita e extrema direita.
A decisão foi tomada em reunião ordinária de filiados e da executiva do diretório municipal, realizada na noite de quinta-feira (26), que aprovou a resolução 01/2023. O documento defende a unidade da esquerda em Araçatuba para fazer frente à direita da cidade.
“Vamos procurar as lideranças de esquerda e discutir nomes viáveis para a Prefeitura. É preciso que haja esforços anteriores na busca pelas estratégias eleitorais corretas e adequadas e na construção de um programa de governo capaz de corresponder aos anseios da população”, afirmou o presidente local do PSOL, Matheus Lemes.
Ele defende, ainda, a construção de ferramentas e ações que aproximem os partidos aliados à população, sobretudo a periférica. Para isso, o PSOL pretende iniciar o diálogo com as lideranças do PT (Partido dos Trabalhadores) e PC do B (Partido Comunista do Brasil), e talvez até com o PDT (Partido Democrático Trabalhista) e a Rede.
O PSOL lançou candidatura própria à Prefeitura de Araçatuba duas vezes apenas. A primeira, em 2012, quando o professor Marcos Boer encabeçou a chapa e obteve 6.044 votos. A segunda foi em 2020, com o reverendo Paulo Sanda como candidato a prefeito, obtendo 762 votos.
Em relação às eleições proporcionais, a ideia do PSOL é formar uma chapa completa, com 16 candidatos a vereador, e atingir o quociente eleitoral, que hoje é em torno de 6 mil votos, e eleger um parlamentar para a Câmara de Araçatuba. Até agora, segundo Lemes, o partido tem dez nomes para a disputa da vereança.
Nas últimas eleições municipais, em 2020, o PSOL lançou apenas três candidatos, Renan Salviano (575 votos); Meire do Assentamento (167 votos) e Jéssica Belonce (83 votos), totalizando 825 votos nos três concorrente.