A Polícia Civil vai investigar se o revólver apreendido nesta quarta-feira (4) em Araçatuba é o mesmo utilizado no último homicídio de 2022, quando o funileiro Maurício Batista, 43 anos, foi assassinado com quatro tiros disparados pelo sobrinho, um homem de 39 anos, 10 minutos antes da virada do ano.
De acordo com o boletim de ocorrência, policiais militares da Força Tática faziam patrulhamento pelo bairro São José quando viram um casal em um carro na rua Joaquim Nicolau da Silva. O condutor demonstrou nervosismo ao ver os policiais e estacionou o veículo.
Diante da suspeita ele foi abordado e durante busca veicular os policiais encontraram embaixo de um dos bancos do carro, um revólver de calibre 38, preto. A arma estava com quatro cartuchos deflagrados e um intacto.
A Polícia suspeita que pode ter sido a arma utilizada no homicídio do funileiro. O condutor do carro alegou que pegou o revólver e iria entregar a uma pessoa no bairro São José, mas não mencionou nomes.
Ele foi levado ao plantão policial e preso em flagrante, mas acabou pagou fiança estipulada em R$ 5 mil para responder ao processo em liberdade. A arma estava com quatro cartuchos deflagrados, e o funileiro foio assassinado no mesmo bairro, com quatro tiros.
O crime
O funileiro Maurício Batista, 43 anos, foi assassinado a tiros pouco antes da meia noite de sábado (31) no bairro Mão Divina, em Araçatuba (SP). De acordo com o que foi apurado no local, o autor do homicídio teria sido um sobrinho da vítima, que fugiu do local após os disparos. A motivação seria um desentendimento entre os envolvidos seguido por ameaças mútuas.
O homicídio ocorreu cerca de dez minutos antes da queima de fogos de ano novo. A Polícia Militar e equipes de resgate foram acionadas, mas a vítima já havia morrido no meio da rua, perto da casa do autor do crime. Maurício morava perto do local, mas em outro endereço, segundo o que a reportagem apurou.
Se apresentou
O homem de 39 anos que era apontado como autor dos tiro que mataram o funileiro Maurício Batista se apresentou à polícia na manhã desta terça-feira (3) na Polícia Civil, confessou a autoria e deu sua versão para o fato, alegando que agiu em legítima defesa.
O autor está sendo defendido pelos advogados Flávio Batistela e Daniel Madeira. Batistela acompanhou o cliente na delegacia. No depoimento, ele alegou que o tio estava totalmente alterado, e em um desentendimento chegou a cortar a mão de sua irmã com um punhal.
Depois, com o mesmo punhal foi para cima dele. Ainda segundo o autor, o tio saiu de carro e disse que voltaria para matar todo mundo, e ao retornar foi para cima dele com o punhal. O autor afirma ter dado um tiro para intimidar o tio, que continuou indo para cima dele, no momento em que efetuou outros disparos para se defender.