O Siran (Sindicato Rural da Alta Noroeste) emitiu uma nota de repúdio contra uma postagem em rede social do Greenpeace. De acordo com a entidade classista, a ONG publicou em mídia social uma charge na qual ataca o agronegócio nacional dizendo que o Brasil ‘come veneno’. Nela, uma criança que assiste à Copa do Mundo pergunta à mãe se é verdade que nós, brasileiros, comemos veneno enquanto os outros países não. Classificada como falsa pela diretoria do Siran, a informação foi divulgada pela ONG enquanto o Congresso Nacional tentava modernizar a lei de defensivos que estava em pauta desde 1999.
Segundo o Siran, ao contrário do que sugere o Greenpeace, levantamentos comprovam que a quantidade de defensivos utilizados por área ou encontrados por produto colhido no Brasil está muito abaixo daquela localizada em países europeus como Holanda e França ou mesmo asiáticos, como o Japão. De forma geral, o agricultor brasileiro só o usa quando realmente necessário e com todo o cuidado pois não deseja onerar o seu custo de produção.
Além disso, o Ministério da Agricultura possui um programa de controle de resíduos, e também a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) conta com programa de análise demonstrando que nos últimos anos a quantidade de resíduos é ínfima no Brasil, sendo considerada praticamente irrelevante.
Para o presidente do Siran, Thomas Rocco, “é inadmissível que razões ideológicas, falta de conhecimento ou até mesmo interesses econômicos prejudiquem o agro brasileiro no exterior, ainda mais sendo o Brasil a grande potência agrícola e ambiental do planeta. Vale lembrar que o nosso agro alimenta quase 1 bilhão de pessoas no mundo, e existem interesses de países concorrentes em minar a nossa imagem e, consequentemente, as nossas comercializações.”
Propulsor do desenvolvimento econômico
Rocco lembra que o agronegócio foi responsável por 27,5% do PIB 2021 (Produto Interno Bruto), que representa as riquezas geradas pelo Brasil em 2021. O percentual corresponde a cerca de R$ 2,4 trilhões e firmou um patamar recorde para o setor, que se manteve resiliente mesmo em meio às restrições e crises mundiais causadas pela Covid-19, peste suína, a guerra entre Ucrânia e Rússia, alé de turbulências na própria economia brasileira.
O Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP, aponta que “o PIB do agronegócio alcançou recordes sucessivos em 2020 e em 2021, com esse biênio se caracterizando como um dos melhores da história do agronegócio brasileiro”.
Na nota de repúdio, a diretoria do SIRAN destaca ainda que a produção e qualidade alcançada fez com que o país se consolidasse nas primeiras colocações entre as principais nações produtoras e exportadoras no mercado mundial, de acordo com dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.
O agronegócio brasileiro conseguiu se manter fortalecido e crescer mesmo com desafios internacionais, como a crise de peste suína, a guerra entre Ucrânia e Rússia e turbulências na economia brasileira. Nos últimos anos, o setor desponta como propulsor do desenvolvimento econômico, sendo pouco afetado pela política econômica e se fortalecendo no mercado internacional de commodities.
A nota é finalizada com o Siran afirmando que “nada e nenhuma entidade com interesses inconfessáveis vai aplacar o agronegócio, orgulhoso brasileiro que alimenta o mundo.”
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