O araçatubense Patrick César da Silva Brito, preso na última sexta-feira (23), na Sérvia, por estar irregularmente no país, entrou com pedido de asilo político para evitar a extradição para o Brasil. A defesa de Brito alega que ele corre risco de morte se ficar preso no Brasil por ter denunciado autoridades locais em processos que correm em segredo de justiça.
Brito, que se considera um hacker, passou a ser investigado em Araçatuba após invadir as redes sociais do prefeito Dilador Borges e da primeira-dama, Deomerce Damasceno em 2020. Na ocasião, ele exigiu R$ 70 mil para devolver o controle das contas ao prefeito. O dinheiro não foi pago e o hacker acabou identificado e detido pela Polícia Civil.
Em busca na casa dele no bairro São Joaquim, os policiais apreenderam dois passaportes, um notebook e R$ 10 mil em dinheiro. Após o registro da ocorrência, Brito foi liberado. Cerca de três dias depois, a polícia liberou os dois passaportes, o notebook e os R$ 10 mil para Patrick. Ele usou o dinheiro e o passaporte para sair do Brasil.
Defesa
Na mesma data da prisão, a defesa que é patrocinada pelos advogados Flávio Batistella e Daniel Madeira, com escritório em Araçatuba, entrou em contato com a Embaixada do Brasil em Belgrado, Capital da Sérvia, para que acompanhassem a situação. Foi pedido também que um defensor público local estivesse presente durante todo o procedimento realizado. Em conjunto com a defesa brasileira, o defensor sérvio entrou com pedido de asilo político. O documento foi recebido pelas autoridades locais nessa segunda-feira (26).
Ainda na sexta feira, o defensor público sérvio, que foi designado para a defesa de Patrick, entrou em contato com os advogados em Araçatuba e informou que Patrick estava sendo bem tratado e que não sofreu qualquer risco à sua integridade.
De acordo com os advogados, o Asilo Político é uma instituição jurídica internacional que visa a proteção a qualquer cidadão estrangeiro que se encontre perseguido em seu território.
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