Diretores da Santa Casa de Araçatuba e prefeitos representantes dos municípios atendidos pelo hospital, dentre os quais, Dilador Borges, de Araçatuba, vão participar de audiência com o secretário-executivo da Secretaria Estadual de Saúde Eduardo Ribeiro Adriano.
Na pauta da reunião estarão questões relativas ao Serviço de Oncologia, como pedido de custeio emergencial para suprir déficit de aproximadamente R$ 4,5 milhões acumulado até setembro deste ano e aumento de teto financeiro em face do aumento de mais de 100% de demanda atendida em relação ao atendimento mensal contratado.
A audiência é o primeiro ato concreto em resposta a num momento desencadeado no inicio deste mês pela diretoria da Santa Casa de Araçatuba para informar os municípios atendidos sobre a crise financeira da oncologia, uma das 26 especialidades médicas de alta complexidade referenciadas para atendimento dos 40 municípios da região.
No inicio do mês, o provedor Petrônio Pereira Lima reuniu no hospital no os prefeitos Otávio Augusto Giantomassi Gomes, de Ilha Solteira; Carlos Sussumi Ivama, de Alto Alegre; e Rafael Alves dos Santos, que representam respectivamente os municípios que integram os Colegiado dos Lagos, Colegiado dos Consórcios e Colegiado Central, foram informados sobre a situação e o pedido de apoio da diretoria para um pleito para custeio já apresentado ao Governo do Estado.
O prefeito de Araçatuba Dilador Borges não participou da reunião porque estava em São Paulo, mas antecipou o apoio ao que fosse decidido na reunião. Borges agendou a audiência na Secretaria Estadual de Saúde.
Referência para tratamento de todos os tipos de câncer, com exceção somente retinoblastoma (tumor maligno que se origina nas células da retina) para pacientes dos 40 municípios da região de Araçatuba inseridos na Rede Hebe Camargo de Combate ao Câncer, sistema estadual que faz a regulação de atendimentos oncológicos, o hospital deve fechar 2022 com déficit de aproximadamente R$ 5 milhões.
Defasagem e aumento da demanda
A defasagem é decorrente do aumento da demanda. O custeio pago ao hospital é para atendimento de 400 pacientes/mês, porém com média mensal de 60 novos casos oncológicos, o Serviço está atendendo o dobro de pacientes.
Os representantes dos colegiados consideraram que as dificuldades enfrentadas pela Santa Casa de Araçatuba são graves. “Precisamos e vamos apoiar a diretoria; a falta de um socorro financeiro pode comprometer a continuidade do atendimento oncológico”, definiu o prefeito Otávio Gomes, que também preside o Consórcio Intermunicipal do Extremo Noroeste de São Paulo ( CIENSP).
Além de mobilizar todas as prefeituras dos colegiados que representam, os prefeitos vão participar de uma reunião que Dilador Borges já está ajustando com o governador Rodrigo Garcia e a diretoria da Santa Casa de Araçatuba para fortalecer o plano de trabalho para custeio emergencial aos atendimentos oncológicos.
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