O Tribunal do Júri de Araçatuba se reúne nesta sexta-feira para o julgamento de Éder Cléber Pereira dos Santos, acusado de matar o filho de apenas cinco meses em agosto de 2006 no bairro Primavera. A criança sofreu traumatismo craniano e os pais apresentaram versões contraditórias sobre o caso.
Conforme consta do processo, prova técnica indicou que a vítima morreu em decorrência de traumatismo crânio-encefálico, além de apresentar lesões nas nádegas. Aparentemente havia incompatibilidade das lesões da vítima com a versão narrada pelos pais da criança.
Os pais alegaram que a criança havia caído do carinho ou da cama. Durante os interrogatórios, ficou constatado que o réu tinha pouca paciência com o filho, além ter dúvidas quanto à paternidade.
Ainda consta que o réu estava acordado quando a mãe da criança saiu do quarto para preparar mamadeira. O casal disse que houve um barulho e em seguida a criança parou de chorar. Nos depoimentos também ficou constatado que dias antes do fato o réu teria dito ao pai dele que era a última vez que ele iria ver o neto.
Santos alegou que nunca teve dúvidas quanto à paternidade da criança, nunca agrediu ou provocou manchas no filho e que no momento dos fatos estava dormindo, Segundo ele, o bebê tinha dormido na cama mas não sabe se sua companheira havia o colocado no carrinho antes da queda, porque, segundo ele, estava dormindo.
Santos será julgado por homicídio qualificado por motivo torpe, pois matou a vítima pela desconfiança de não ser o seu pai, bem como por não suportar o seu choro; e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima, a qual era uma criança com apenas cinco meses de idade.
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